O objetivo desse texto é apresentar a relação existente entre a criação social da
juventude e o processo de luta de classes na sociedade capitalista. Em várias partes do
mundo atual ocorrem explosões de revolta popular e no meio dessas revoltas a
juventude interfere e aparece como protagonista, o que não é diferente do que ocorre no
Brasil. Ter consciência de que nas sociedades modernas existe uma faixa etária distinta
das outras por seu processo de ressocialização repressivo e coercitivo é ter consciência
das possibilidades, da força e do papel político das juventudes. Situada entre os
processos repressivos, que visam a impedir a manifestação das potencialidades da
juventude, e a coerção, que afirma determinados padrões de comportamento e valores
dominantes que devem ser assumidos pela juventude (tais como a individualidade,
competição, sucesso financeiro, etc.) indivíduos e grupos de jovens questionam a ordem
estabelecida, e em alguns casos apontando para outra forma de organização social.
Autores: Diego Marques e Rubens Vinícius.
In: Revista Enfrentamento, nº 15, jan/jun 2014, pgs. 20-31.
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