sábado, 31 de outubro de 2015

O que são as contra-tendências à queda da taxa de lucro?

A diminuição do valor real dos salários é a expressão final de uma das variadas contradições que movem a sociedade capitalista: o combate às crises no processo de valorização do capital. É por isso que é de interesse dos trabalhadores descobrirem as causas de sua exploração e como os lucros e prejuízos da classe capitalista sempre lhes custam mais exploração. O objetivo deste texto é explicar como funcionam as contra-tendências que buscam frear a lei tendencial de queda da taxa de lucro tal como foi descoberta por Karl Marx. Conhecendo seu funcionando dispomos de mecanismos para compreender porque ocorrem as lutas dos trabalhadores e assim os meios de torná-las mais eficazes, ou seja, mais radicais.

In: Revista Posição, volume 1, nº 02, 2014, pgs. 17-22.


O significado histórico do 02 de Outubro de 1968 no México

O objetivo deste artigo é refletir sobre os acontecimentos em torno do Massacre del Tlatelolco, na Ciudad de Mexico, no dia 02 de Outubro de 1968. É uma tentativa de resgatar a memória daqueles que perderam suas vidas nas mãos da repressão, além disso, busca refletir sobre as condições as quais ocorrem as lutas sociais na contemporaneidade, apontando para o papel que a repressão militar cumpre para a manutenção da ordem capitalista.

In: Revista Posição, volume 01, nº 1, 2014. pgs, 18-23.

Lênin e o materialismo

Este trabalho busca apresentar a relação existente entre a concepção política da vanguarda, presente no pensamento de Lênin, e o materialismo burguês, tal como se encontra no referido pensador.

In Revista Marxismo e Autogestão, volume 01, 2014, pgs. 92-103.


Benefícios secundários do crime - Karl Marx

Tradução de artigo de Karl Marx sobre as utilidades do crime na sociedade capitalista.

Tradutores: Diego Marques e Marcelo D. Mazonni.

In. Revista Enfrentamento, 2012, pgs. 84-88.

Exploração do Trabalho na Acumulação Integral: Estratégias para Contornar a Crise no Processo de Valorização do Capital

O objetivo do presente artigo é apresentar uma explicação sobre o processo de intensificação da exploração do trabalho a partir da teoria dos regimes de acumulação. Com a emergência da organização Toyotista do processo de trabalho estão dadas as bases para uma nova forma de extração de mais-valia em nível de capitalismo mundial, processo que combina simultaneamente elementos da extração de mais-valia absoluta e relativa, ou seja, aumento da extensão e da intensificação da jornada de trabalho. Buscaremos demonstrar que com a confirmação da tendência declinante da taxa de lucro e com a contestação da classe trabalhadora se faz necessário uma nova forma de valorização do capital, com as consequentes mudanças nas relações sociais em geral.


In: Revista Espaço Livre, volume 09, 2014, pgs. 1-16.

http://redelp.net/revistas/index.php/rel/article/view/3anjos17/139


Juventude e luta de classes

O objetivo desse texto é apresentar a relação existente entre a criação social da juventude e o processo de luta de classes na sociedade capitalista. Em várias partes do mundo atual ocorrem explosões de revolta popular e no meio dessas revoltas a juventude interfere e aparece como protagonista, o que não é diferente do que ocorre no Brasil. Ter consciência de que nas sociedades modernas existe uma faixa etária distinta das outras por seu processo de ressocialização repressivo e coercitivo é ter consciência das possibilidades, da força e do papel político das juventudes. Situada entre os processos repressivos, que visam a impedir a manifestação das potencialidades da juventude, e a coerção, que afirma determinados padrões de comportamento e valores dominantes que devem ser assumidos pela juventude (tais como a individualidade, competição, sucesso financeiro, etc.) indivíduos e grupos de jovens questionam a ordem estabelecida, e em alguns casos apontando para outra forma de organização social.

Autores: Diego Marques e Rubens Vinícius.

In: Revista Enfrentamento, nº 15, jan/jun 2014, pgs. 20-31.


Desenvolvimento capitalista e lutas políticas no Brasil e no México no século XX

O objetivo do presente artigo é apresentar uma discussão sobre o desenvolvimento capitalista e as lutas políticas no Brasil e no México de início do século XX até a década de 1970. Durante esse período os dois países passaram por uma profunda transformação capitalista das relações sociais no interior de suas fronteiras, refletindo assim um movimento internacional de universalização do modo de produção capitalista. A expansão da classe trabalhadora, a formação de capitalistas nacionais, o crescimento da intervenção do estado na economia nacional e os consequentes conflitos entre as classes envolvidas são problematizados no presente artigo como forma de iniciar o debate sobre o desenvolvimento capitalista e as lutas políticas nos dois países.

In: Revista Despierta. Volume 01, 2014, pgs. 104-132.


Primeiros estudos sobre o processo de valorização do capital

Pretende-se com o presente texto apresentar nossas primeiras leituras sobre o processo de valorização do capital. Condicionado pela atual etapa de minha formação, apresento os resultados dos primeiros estudos sobre a obra fundamental de Karl Marx, O Capital, sendo que nesse momento priorizamos descobrir como ocorre o processo de valorização do capital, daí que aqui será desconsiderado importantes fenômenos correspondentes à relação social de valorização do capital, tais como o estado e outras instituições reguladoras das relações sociais, alienação e fetichismo, etc. Estamos procurando descobrir o porquê que a relação social capitalista se fundamenta na exploração e opressão, assim, apresentamos aqui o caminho que vamos trilhar nessa descoberta.

In: Revista Espaço Livre, nº 15, jan/jun 2013, pgs. 24-31.

Pequena crítica a um grande prejuízo: totalidade e classe social contra o reducionismo cultural nas análises do EZLN.

O objetivo deste artigo é realizar uma crítica às análises culturalistas sobre o EZLN, movimento social armado de origem camponesa e indígena que atua no estado de Chiapas, sul do México. Apontamos que as análises culturalistas são uma tentativa de desviar o foco das verdadeiras causas do conflito e também da forma como este se manifesta, reduzindo, por consequência, as potencialidades da organização.

Resumo:

O Exército Zapatista de Libertação Nacional surge num momento enigmático: auge da devassa neoliberal sobre os países de capitalismo subordinado, que teve justamente como ideologia a airmação de que não mais haveria espaços para os conlitos sociais; e demostrando justamente o caráter ideológico desta airmação emergem as análises reducionistas sobre o movimento; assim tentaremos fazer aqui uma contraposição a tal lógica.

In Revista Aurora (Marília-São Paulo), volume 07, nº 13, pgs. 103-114.

Observações críticas sobre os conceitos de fetichismo e alienação em J. Holloway a partir da leitura de Karl Marx

Este artigo discute, a partir dos conceitos marxistas de fetichismo e alienação, como o pensador John Holloway interpreta tais conceitos e os utiliza para analisar a realidade social contemporânea. Apontamos haver interpretações distintas da forma como Marx compreende tais conceitos em sua obra e refletimos como as interpretações de Holloway relacionam-se com a atual nível dos conflitos sociais na sociedade capitalista.

Breve resumo:

John Holloway é irlandês, mas desde a década de 1990 está radicado no México, de onde vem realizando suas análises sobre a realidade social nas sociedades capitalistas, pretendendo fazer alguns apontamentos sobre o significado da revolução nos dias de hoje. O resgate de Marx, feito por Holloway, é uma expressão de que os conflitos de classe não se encerraram neste início de século, mais ainda, tal resgate demonstra que a radicalização da luta de classes passa pela recuperação de autores que tiveram como objetivo refletir sobre as possibilidades de emancipação da humanidade, mas, ao mesmo tempo, demonstra os limites desse resgate, devido ao próprio sentido que a radicalização dos conflitos sociais assume na atualidade. Portanto, compreender as contribuições desses autores significa tentar dá um passo a mais para estimular a luta social pela emancipação humana. 

In: Revista Enfrentamento, nº 11, pgs. 15-29.

O regime de acumulação integral e as lutas de classes no México: emergência e interpretações acerca do EZLN

As idéias contidas nesse texto resultam da apresentação de uma comunicação no IV Simpósio sobre Lutas Sociais na UEL; algumas alterações e complementos foram feitas no sentido de dar maior clareza e profundidade às idéias debatidas, mas o conteúdo essencial é o mesmo, por um lado, desvendar as principais determinações da gênese e desenvolvimento do levante do EZLN ocorrido em 1994 e por outro, as implicações do levante para o desenvolvimento das lutas de classes na atualidade. Nossa análise pretende demonstrar como a forma histórica de organização das relações sociais se faz presente criando suas possibilidades de surgimento e ao mesmo tempo problematizar a percepção de tal fenômeno no interior da luta de classes como condição essencial para superação dos limites dados histórica e socialmente.

In: Revista Enfrentamento nº 10, pgs. 06-19.



Meios e Fins na Estratégia do EZLN

O objetivo deste trabalho é apresentar uma reflexão sobre como o movimento social armado Exército Zapatista de Libertação Nacional compreende a relação entre os meios e os fins no interior de sua estratégia política. Considerando que o EZLN questiona a relação existente na política Bolchevique que afirma que os meios justificam os fins (isto é, tendo como objetivo uma suposta revolução social justifica-se o uso de todos os instrumentos disponíveis, tais como o Estado, Exército, burocracia, etc.) apresentamos algumas considerações sobre como ocorre essa rejeição. Indicamos que embora façam a crítica da política do "vale tudo" o EZLN apresenta diversas ambiguidades, contradições e falta de objetivo, de um projeto alternativo de sociedade. Assim, iniciamos esta pequena reflexão com as seguintes indagações:

"Contudo, esta mesma criatividade em desenvolver formas de ação não foi acompanhada, de perto, pela formulação de um sentido final de sua ação, por um objetivo maior que dê razão de existência e de ser da própria luta. Mas e a luta pela democracia, liberdade e justiça não é um fim dado às ações? Sim, ela é, mas o que inexiste é o pensar sobre quais são as condições histórico-sociais em que elas se dariam, dito de outra forma, que tipo de sociedade possibilitaria a existência dessas demandas?" (p. 1).